Um amigo tem uma idéia peculiar sobre o que é ser imortal : se você deixou uma obra que irá durar para sempre, será imortal. Você pode ser um escritor, um pintor, um escultor, um cantor…. enfim, um artista, que mesmo depois de morto, será lembrado por suas obras e portanto, será imortal.

Partindo deste conceito, será que só os artistas são imortais ? Penso que não. Afinal, posso deixar meu legado através de exemplos, de idéias, de atitudes. E mesmo não tendo deixado uma obra física para ser lembrada, posso alimentar um ideal – que poderá ser imortal.

Na sociedade em que convivo, posso deixar o exemplo da imortalidade pela minha conduta. Se nunca passo no sinal vermelho, se não destrato as pessoas no meu dia a dia, se busco ser uma pessoa justa e correta, será que não estou deixando um exemplo para sempre ?

Se luto por um ideal que se traduz em minhas ações, não seria este ideal imortalizado por mim e por todas as pessoas que também o seguem ? Se tenho coragem de rever minhas atitudes, de reformular minhas idéias, de admitir meus erros e louvar meus acertos, não seria eu uma pessoa imortal na lembrança de todos que conviveram comigo depois da minha partida ?

Se da vida nada se leva, posso concluir que deixamos algo. E obviamente não é de matéria que estou falando. Deixamos afeto, carinho, idéias, exemplos, lembranças, valores e uma infinidade de coisas que nos faz sermos especiais, simplesmente por sermos únicos.

Todos somos substituíveis em nossas funções : um professor pode ser substituído por outro assim como um prefeito pode ser substituído por outro e assim sucessivamente… ninguém é insubstituível dentro de suas funções.

Mas somos insubstituíveis por sermos nós, por sermos únicos, por sermos pais, mães, filhos, cônjuges, irmãos, primos, excelentes profissionais, pessoas dedicadas e corretas. Somos únicos por sermos nós !

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