No meu trabalho de Coaching Pessoal, recebo diversos tipos de clientes. Alguns buscam maior satisfação na área profissional, outros não conseguem administrar bem seu tempo. Alguns ainda têm dificuldade em dizer “não”, enquanto outros não são assertivos, e por isso não percebem que quando não transmitem uma mensagem de forma clara, dão margem a vários tipos de problemas que poderiam ser evitados.
Na minha especialidade, o Coaching Afetivo, o foco são os relacionamentos a dois, e aí são várias as questões : meu marido ainda me ama ? Este namoro tem futuro ? Vou encontrar alguém legal ? Meu casamento ainda vale a pena ? E, frequentemente, a possibilidade de separação está rondando o casal.
A riqueza do processo de Coaching consiste em gerar reflexão ao cliente, levantar com ele seus valores, suas crenças, simular hipóteses, para que ele, ao pesar todos os prós e contras de sua relação, tome a decisão mais acertada.
Recebo clientes com poucos anos de casamento, outros com muitos anos. Já sabemos que o universo do homem e da mulher são diferentes – pois como dizem, “Homens são de Marte e mulheres são de Vênus”. Mas uma queixa constante é a falta de comunicação, de diálogo, de atenção.
Com o passar dos anos, as pessoas mudam, amadurecem. Alguns não reconhecem mais em seu cônjuge a mesma pessoa dos tempos de namoro.
As pessoas são diferentes, receberam educações diferentes, têm valores e prioridades diferentes, e o casamento propicia um convívio íntimo com alguém que pode ser muito diferente de você, mas que reconheceu em você uma qualidade, uma virtude, que fez com que o amor desabrochasse. E ao optar por conviver a dois, muitas arestas terão de ser aparadas para que cada um tenha a oportunidade de extrair do casamento o que ele tem de melhor : companheirismo, cumplicidade, sexo, amor, amizade, confiança… e infinitos ganhos que um casamento traz.
Por isso, quando vejo uma “separação à vista”, sei que ela gera um diálogo interior muito grande para os dois lados, e é este diálogo interior que irá propiciar uma grande reflexão, um desconforto, uma tristeza, uma ebulição que – assim espero – leve o casal a tomar a decisão mais acertada para sua história.