Uma criança foi ridicularizada e inferiorizada na infância, cresceu ouvindo que “tudo o que você faz está errado” e que “você não presta pra nada”. Uma outra criança cresceu sendo valorizada, amada, ouvindo sempre “como você é inteligente !” e tantos outros elogios. Obviamente sabemos que a partir destas experiências, provavelmente teremos adultos com visões diferentes a seu respeito.
A primeira criança, ao crescer, poderá ser um adulto inseguro, que se deprecia e acha que faz tudo errado. Pode ser alguém com medo de tomar iniciativas porque acredita que nada do que faz dá certo. Esta criança inferiorizada que se expressa com insegurança anos mais tarde, poderá não desenvolver todo seu potencial, simplesmente porque não acredita – e ninguém a incentivou a isso – que será capaz de grandes realizações.
A segunda criança terá maiores chances de ser um adulto bem sucedido, confiante, seguro. Poderá ser mais ousado, demonstrará pró-atividade e não terá medo de arriscar e errar, pois entende que erros e tropeços fazem parte da vida, e não que ele é uma pessoa incapaz.
A criança insegura e inferiorizada poderá crescer e olhar para seu passado com compreensão, poderá analisar quem foram as pessoas que tanto a depreciaram e entender que elas não a incentivaram porque não sabiam como fazê-lo, ou porque talvez também não tenham sido encorajadas por ninguém a desenvolver seu potencial. E que – sem esta análise dos fatos – este ciclo poderá se repetir indefinidamente.
Será prudente para o adulto que foi uma criança segura e auto confiante, fazer uma análise sobre sua vida e buscar ser justo com as pessoas, tentar evitar a arrogância e a prepotência que podem andar consigo a partir de suas vivências anteriores.
Em ambos os casos, a mensagem é a mesma : não podemos mudar nosso passado, mas podemos mudar nosso sentimento em relação a ele. Este já é um grande passo para sermos pessoas mais leves, mais justas, mais resolvidas e mais felizes.